Tanques e reservatórios em fibra de vidro

O PRFV, Plástico Reforçado com Fibra de Vidro, consolidou-se como material de referência para tanques e reservatórios usados em água, efluentes e soluções químicas. Sua combinação de resistência química, leveza, baixa taxa de corrosão e montagem ágil reduz custos de ciclo de vida e tempo de parada.

A seguir, vamos falar sobre Tanques e reservatórios em fibra de vidro: projeto, fabricação e reforma e apresentar como o PRFV é aplicado do projeto à fabricação e à reforma, quando faz sentido revestir em vez de substituir e em quais setores o material entrega maior valor.

Do projeto à especificação: o que define um tanque em PRFV

Um projeto eficaz começa com a engenharia do fluido e do contexto operacional:

  • Fluido e compatibilidade química: definição do sistema de resina e do liner de corrosão, como isoftálica, viniléster ou epóxi, de acordo com pH, temperatura e agentes oxidantes.
  • Condições mecânicas: pressão, vácuo, ciclos térmicos, carga de vento e sismos determinam espessuras estruturais, reforços, bocais e flanges.
  • Processo e acessórios: necessidade de agitadores, bocais de inspeção, drenos, visor de nível, reforços locais e bases de apoio.
  • Normas e ensaios: projeto guiado por referências ABNT e ASTM aplicáveis, com plano de inspeção e testes de estanqueidade, pressão hidrostática e controle dimensional.

Esse conjunto de decisões garante desempenho, segurança e rastreabilidade ao longo da vida útil do equipamento.

Fabricação: camadas, cura e controle de qualidade

A fabricação em PRFV é realizada por laminação com fibras de vidro e resinas selecionadas, formando três zonas funcionais:

  1. Liner de corrosão: camada rica em resina, responsável pela barreira química e pela integridade contra ataques do fluido.
  2. Camada de transição: gradua a razão fibra-resina, reduz tensões e liga quimicamente o liner ao casco estrutural.
  3. Casco estrutural: maior fração de fibras, responsável pela resistência mecânica a pressão, vácuo e esforços externos.

O processo inclui controle de umidade da superfície, temperatura e cura correta da resina para evitar amolecimento, bolhas ou delaminações. Ensaios típicos após a fabricação:

  • Inspeção visual e dimensional.
  • Teste de estanqueidade e hidroteste, quando aplicável.
  • Verificação de dureza Barcol e registro de lote de resina e fibras para rastreabilidade.

A leveza do PRFV diminui a necessidade de içamento pesado e simplifica a logística, reduzindo prazos de obra e interferências civis.

Reforma e revestimento: quando revestir em PRFV em vez de substituir

A reforma com PRFV é indicada quando a estrutura existente está funcional, porém com corrosão, vazamentos ou desgaste do revestimento. Em tanques de aço, concreto ou alvenaria, o revestimento interno em PRFV cria uma nova barreira anticorrosiva e recupera a estanqueidade com menor tempo de parada do que a troca do equipamento.

Cenários em que a reforma tende a ser mais vantajosa:

  • Corrosão interna recorrente em aço, mesmo após repinturas, e custo elevado de parada para jateamento e reaplicação.
  • Perdas de estanqueidade em concreto ou alvenaria, onde o PRFV forma superfície contínua, sem emendas.
  • Adequações de processo que exigem resistência a novos químicos, sem substituição de todo o casco.
  • Obras com restrição de espaço ou acesso, em que desmontar e reinstalar novos tanques é oneroso.

A preparação da superfície, a aplicação por camadas e o plano de cura são críticos para a durabilidade do revestimento. Após a reforma, recomenda-se inspeção periódica, com foco em impactos locais e acessórios, pois reparos pontuais em PRFV são rápidos e evitam downtime prolongado.

Vantagens técnicas e econômicas do PRFV

  • Resistência química: possibilidade de ajustar o sistema de resina ao fluido, suportando ácidos, bases e agentes oxidantes dentro de faixas especificadas.
  • Leveza e rapidez de instalação: menor peso reduz esforços de base, movimentação em campo e tempo de montagem.
  • Menor corrosão: o PRFV não oxida, mitigando intervenções recorrentes de pintura ou proteção catódica em ambientes agressivos.
  • Manutenção simplificada: limpeza facilitada, menor incrustação e reparos localizados com laminação in situ, que reduzem tempo de inatividade.
  • Custo de ciclo de vida competitivo: mesmo quando o CAPEX é semelhante a alternativas metálicas, a redução de OPEX ao longo dos anos tende a favorecer o PRFV.

Quando substituir em vez de reformar

Há casos em que a substituição é tecnicamente mais adequada:

  • Comprometimento estrutural do casco além de limites de reparo, com perda de geometria ou fissuras extensas.
  • Mudança significativa de processo que exige novo volume útil, pressão, temperatura ou integração de agitadores e componentes estruturais que não se viabilizam em retrofit.
  • Histórico de falhas repetitivas associadas a base civil inadequada, suportes ou vibração, exigindo revisão de projeto.

Nesses cenários, um novo tanque em PRFV, já projetado para o processo futuro, pode entregar melhor desempenho e previsibilidade.

Setores e aplicações típicas

  • Água e saneamento: estações de tratamento de água e efluentes, tanques de coagulação, floculação, decantação e armazenamento de produtos químicos como hipoclorito e coagulantes.
  • Químicos: soluções ácidas e alcalinas, salmouras e fluidos com cloretos, onde a barreira anticorrosiva do PRFV reduz riscos de perfuração e contaminação.
  • Alimentos e bebidas: água de processo, soluções de limpeza e CIP em faixas de pH compatíveis; acabamento interior e facilidade de higienização favorecem a operação contínua.

Em todos os casos, o alinhamento entre engenharia do processo, compatibilidade química e plano de manutenção é determinante para alcançar vida útil estendida e custos controlados.

Como a AquaFibra atua

A AquaFibra atende desde a engenharia de projeto até a fabricação e reforma de tanques e reservatórios em PRFV, com seleção de resinas, desenho de liner, cálculo estrutural e plano de inspeção e testes. Para estruturas existentes, executa revestimento em PRFV, recuperando estanqueidade e resistência química com intervenções planejadas para reduzir o tempo de parada.

Se o seu desafio envolve corrosão, vazamentos ou adequações de processo, a equipe técnica da AquaFibra pode avaliar o caso, indicar reforma ou substituição e dimensionar a solução em PRFV com foco em segurança, desempenho e custo de ciclo de vida. Visite o site e fale com um especialista.

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